sábado, 24 de janeiro de 2009

do sem nome...

Dói quando respiro...
Isso sempre vem

A guerra, a guerra e não há guerra de fato.
Espero por algo que não vem?

Quem é você?
uma árvore tentando sobreviver.
Quem é você?
uma jaboticabeira tentando sobreviver.
Quem é você?
ninguém.

À janela à espreita. A janela aberta. Sons dos carros que não existiam, e agora estão aqui.
Uma dor no peito. Uma distância por dentro.

Corro. O barulho das pedras no chão.
perseguição. ferida.
estou ferida. braços, pernas, ventre.
Eu à espreita.

Corro para não existir.
corro para não ser vista.
Aqui todos são vistos.
Vivo na contradição de uma chaminé e um Shopping center.

Que sou eu?

Toco fogo na minha prisão.
A mulher dos trilhos.
frente aos trilhos espero que o trem me arrebate.
Quero ser tacada para o fim do sem fim. Ele existe?

Corro para não existir.
uma mão me arrebata. uma força violenta. vôo.

Eu à espreita olho pelo buraco.
o buraco do meu embaixo.
estou do lado do que se vê.
estou do outro lado do muro.
Alí a guerra é perfeita.
A Guerra.
Eu à guerra.
ou não há guerra de fato. eu na guerra de fato.
aqui eu sou perfeita, mas não me sou.

Quem é você?
eu

um buraco que atravessa o vazio.
.
.
.
.
por Thaís

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