quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Corrosivo encontra Quarto Physical Theater

Postar, postar e postar...
ando devendo esta postagem desde nosso encontro com a Quarto Physical Theater / Quarto Teatro Físico / Quarto Fysisk Teater...
O que dizer deste encontro...
Foram tantas divagações... discussões existenciais sobre uma mesa com toalha de (algo que a gente tinha gostado muito, mas eu não me lembro o que é)... lá na casa da Renata...

Qual a condição do artista...

Como poder ser o que se propõe a ser, num país onde a dificuldade financeira grita, e o capital domina.

Foram tantas questões...
*Lembro-me de um de nossos ensaios, o primeiro para Leandro e Ana, onde falamos das *questões personagem/ator... ou personagem vs ator
*
Afinal, que máscara é essa que eu trago e que muitas vezes não parece fazer sentido... ?

Um dia corrosivo e quarto se encontram na sala de um tal eletricista. Resolvemos conversar a partir do corpo. Não falamos... respiramos e fizemos uma partitura de movimentos... uma sequência onde a base era a respiração e a região do ventre... Tão filosófica quanto nossas conversas... tão existencial quanto...
A Renata vencendo seus LimitesBacia... lindo ver a Ana trabalhando ao lado da Renata, e lindo para mim e a Carol que recebemos o olhar do leandro...
UMA HORA A CABEÇA DEU PANE... OU FOI O CORPO. o Meu...

Tudo isso aconteceu na primeira semana de Novembro e agora ficou caótico na minha memória....
quebra cabeças.

Não consigo mais ter certeza de nada... acho isso, acho aquilo

Acho que os olhares entre as caldeiras são esses quebra-cabeças que vamos montando durante o processo... um dia a gente acha uma peça dentro de um experimento e coloca sobre a mesa para tentar encontrar onde ela se encaixa... mas talvez esse encaixe possa variar a cada novo dia...
cada peça surge da relação entre os corrosivos e principalmente das pessoas que passam por nós e nos deixam marcas.

Fragmento-me novamente... e tento mais uma vez...

Ensaio aberto da Quarto
frutas, casacos de pele, saltos, fitas, nu, o macaco, o som, microfone, a maça na boca de quem fala... uma cantora de Blues/Rock?
"Tente ser você" - ela diz pra ele.
"√amos tentar outra coisa" -ela diz novamente.
Deixe essa máscara, seja você.
Ela dança. dança? sim, ela dança
Ele lembra da infância... me remeto ao Retornarse
Ela come suas mexiricaseios
Ele dança nu com a maça na boca
em algum momento ela colocou fita crepe vermelho no chão e falou de macacos...
ele andou entre esta fita e comeu o microfone.
Assim? nessa ordem?
assim nesse momento. agora.
São tantas fotos em minha retina... tantos sons e cheiros que restam... eu poderia narrar um principio meio e fim, mas não é isso... não é isso que quero...

Abraços longos e apertados...
Parece que novamente reencontrei pessoas que fazem nossos olhos brilharem
Meu coração quer saltar pela boca, porque eu realmente estava extremamente a flor da pele. calma... um pé depois do outro... calma... respiro uma felicidade melancólica de ter me reencontrado no encontro com eles... eles corrosivo, eles quarto, eles auto-retrato.

Não vou reler...
vai assim como um fluxo de pensamento
não quero correções,
quero o agora.

Thaís

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